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A importância do dinheiro na nossa vida é tanta que consegue afetar todas as áreas da nossa vida. Quem consegue ter um orçamento equilibrado também consegue estar bem em família, com os amigos ou no local de trabalho. Pelo contrário, quem tem um orçamento familiar descontrolado vive emocionalmente mais instável e os níveis de preocupação traduzem-se em pior ambiente familiar, social e laboral.

Um orçamento familiar sem folga precisa de ser muito bem gerido, mas para isso é essencial manter a calma para não perder lucidez sobre as opções necessárias. Verifique como em 4 passos conseguirá gerir melhor o seu orçamento mesmo numa situação de crise financeira familiar.

Definir Prioridades

O primeiro passo para controlar o seu orçamento familiar consiste em definir aquilo que é prioritário e aquilo que pode dispensar. Em situação de crise temos de ser rigorosos e exigentes. Certamente que temos despesas em bens ou serviços que valorizamos bastante mas que consomem muitos recursos financeiros que são necessários para as despesas prioritárias.

As situações de crise são caracterizadas por algum sacrifício. No entanto, a bem da motivação, saiba que os sacrifícios que lhe serão pedidos serão contidos no tempo. Não vão durar para sempre. Pelo que é fundamental seguir diversas estratégias para poupar dinheiro e constituir uma conta poupança.

Fazer uma Lista de Todas as Despesas

Quando nos perguntam quais são as nossas despesas muitas vezes só nos lembramos das despesas prioritárias (alimentação, despesas com a casa, saúde, transportes, prestações, educação e poucas mais), mas a verdade é que há muito mais despesas do que estas. Por vezes desconsideramos essas outras despesas no nosso orçamento familiar porque achamos que são pouco frequentes e de valores reduzidos.

Quando começamos a fazer a lista de todas as despesas de um mês percebemos que afinal gastamos mais dinheiro em estética do que pensávamos, que gastamos mais dinheiro em jornais e revistas do que algum dia imaginámos, que aquele café diário depois do almoço tem um impacto de quase 20 euros/mês, entre muitos outros exemplos.

Depois de ter a lista das suas reais despesas procure eliminar ou, pelo menos, reduzir todas as que não são prioritárias. A criatividade na ocupação dos tempos de lazer, a precaução com as compras por impulso, o recurso à partilha de custos, são tudo formas de constituir uma poupança.

Negociar até ao Limite Fará Muito Bem ao seu Orçamento Familiar

A postura negocial é algo que se educa. Regra geral o mercado trata o consumidor como um elemento passivo que aceita, ou não, as condições que lhe são apresentadas. Mas os consumidores não têm de ser todos iguais e aqueles que sabem negociar obtém melhores condições do que aquelas que são inicialmente apresentadas. Quase tudo é negociável. Desde seguros, a telecomunicações e mesmo os créditos bancários.

Identificar Outras Fontes de Rendimento

O dinamismo do mercado permite que cada vez mais pessoas possam pôr a render as suas competências. Para isso, muito tem ajudado o desenvolvimento das redes sociais e a facilidade com que se consegue iniciar atividade de forma unipessoal. É verdade que há um desemprego muito elevado, mas também é verdade que há novas formas laborais que poderão ser muitos úteis.

Lembro-me sempre de uma pessoa que criou uma empresa para vender bolos com decoração à medida (Cake Design) e a única forma de divulgação que utiliza é o facebook. Começou por ser um serviço para amigos, mas a fama (e a qualidade!) é tanta que neste momento, além do seu trabalho de 8 horas diárias vai utilizando o tempo que lhe sobra para dar conta de tantas encomendas que vai recebendo. É um exemplo real que também poderá vir a ser o seu.

Para começar a dar estes passos tem de se focar mais na meta. Caso contrário vai concentrar-se naquilo que é difícil e não no benefício que daqui advirá. Viver de forma austera não significa infelicidade. Claro que o conforto do desafogo financeiro é valorizado, mas o que aqui se está a dizer é que é possível viver de forma equilibrada com o que se tem em casa. Não vale a pena pôr no outro a qualidade de vida que quero viver. Cada um tem de saber quais as suas possibilidades e limites. Viver sem sequer chegar próximo do seu limite irá possibilitar dar mais valor às coisas e ter assim uma “almofada” de conforto financeiro essencial ao orçamento familiar.

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