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Dia 31 de Outubro assinala-se o Dia Mundial da Poupança e ainda o Dia da Literacia Financeira. Por cá, diz a Defesa do Consumidor, não há incentivo à poupança e os portugueses não têm muito para festejar. Facto é que, apesar de as famílias terem já conseguido recuperar rendimento disponível – por via da reversão do corte salarial da função pública, do aumento do salário mínimo ou até mesmo pela redução da sobretaxa – a taxa de poupança ainda está em mínimos históricos, sendo que no final do segundo trimestre deste ano estava nos 4,4%, uma das mais baixas da Europa. Em média, os europeus poupam mais do dobro dos portugueses, cerca de 12%.

Os produtos financeiros associados à poupança sofrem de elevada carga fiscal, com taxas na ordem dos 28%. O rendimento dos depósitos está quase a zero e o dos Certificados de Aforro na mesma, porque depende da taxa Euribor, que permanece em valores negativos.

É um facto que a poupança é uma das bases da solidez de uma economia e quem quer poupar em Portugal deve repensar comportamentos: consultar fontes credíveis no aconselhamento financeiro e investir no longo prazo em produtos com maior potencial, como os Planos Poupança Reforma (PPR), que revelam também outra mentalidade na gestão das prioridades financeiras.

Poupança e estilo de vida

A ideia da poupança integrada nos hábitos e no estilo de vida é indispensável, mais ainda em alturas de alguma normalidade e prosperidade até. Como uma caminhada de mil passos começa com o primeiro – e muitos de nós estão em condições de dar o primeiro – deixamos hoje algumas estratégias para começar a mudar e sentir, rapidamente, que, mesmo com rendimentos limitados, é possível melhorar.

Poupar (e investir) no vazio é difícil

O segredo está em poupar por objectivos e conhecer a melhor estratégia para o seu perfil de poupança/investimento. O fim maior é aplicar no que lhe dá gosto fazer e no que lhe traz tranquilidade no presente e futuro. Pegar em qualquer app de controlo de gastos ou folha de Excell vai fazê-lo perceber, ao fim de 1 ou 2 meses, para onde vai afinal o dinheiro. A partir daí, qualquer pequena conquista deve ser celebrada! Pense nisso e boas poupanças.

Poupar é com objectivos

Não há volta a dar: poupar exige disciplina e compromisso para contrariar os apelos sedutores do consumo, que nos conduz a gastos supérfluos quase todos os dias. Mas é preciso ter noção de que não é por sermos infantis ou irresponsáveis: há todo um sistema inteligente e bem montado, mas cabe-nos ter consciência e fazer melhores escolhas. A boa notícia é que isso é mais fácil do que parece. A primeira ideia é acreditar que sim, temos essa capacidade. Depois, às vezes, tudo o que precisa é parar para pensar, sem ansiedade. Mais nada. O natural, humanamente falando, é querer fugir de ideias aborrecidas, que dão trabalho e de grandes burocracias e de linguagem ‘codificada’ que não dominamos.

Mas se pensarmos que, com regras muito simples, para o ano podemos fazer a viagem que idealizámos, matricular um filho numa escola de línguas ou renovar a casa…pensaremos duas vezes. Regra geral, o que nos faz deixar o dinheiro voar é o nosso habitual andar ao sabor do vento e até o ‘esconder a cabeça na areia’, sem enfrentar os desafios. Poupar com objectivos vai trazer-lhe a motivação por se esforçar com um sentido definido, a alegria de ter capital na altura da satisfação de necessidades e fazê-lo sem recurso ao crédito e custos desnecessários.

Crie um pé de meia pessoal

O clássico fundo de maneio, a expressão tão portuguesa ‘pé de meia’, é mesmo incontornável. Uma base para emergências deve ter mais ou menos seis salários em produtos de capital garantido facilmente resgatáveis, ou seja, depósitos ou certificados de aforro.

Invista em vários produtos

Investir em vários produtos financeiros e nas suas vantagens responde a outro velho ditado que diz: não devemos colocar os ovos todos na mesma cesta. Espalhar o investimento tem como meta sobretudo diminuir os vários tipos de risco.

Compare sempre taxas

Para comparar taxas com facilidade, use sempre os comparadores online, antes de decidir. Pesquisar em fontes de informação fiáveis e isentas – como jornais da especialidade, blogues de especialistas, programas de informação nesta área -; não se acomodar aos produtos do banco onde está há anos e comparar sempre com outras soluções são dicas a não esquecer. No caso dos produtos financeiros mais simples, como depósitos a prazo, há diferenças muito relevantes. Não se esqueça que a banca mudou muito nos últimos anos em Portugal, que a concorrência é maior e que estão sempre a surgir novos produtos. Semestralmente, pelo menos, há novidades.

Rendimento acima da inflação

Deve sempre acompanhar o rendimento das suas aplicações e nunca aceitar valores abaixo da inflação, pois estará a perder poder de compra. Mesmo nos depósitos é possível encontrar ofertas com taxas líquidas pelo menos iguais à inflação prevista (será 1,4% para 2018)

Aposte no médio/longo prazo

Mais uma ideia que espelha o estado actual do mercado: para quem consegue poupar algo por mês, acabam por ser um pouco frustrantes os produtos de capital garantido, porque as taxas são baixas no momento. Colocar uma parte, ainda que menor, em produtos de médio e longo prazo, mas com maior potencial de rendimento, mesmo sem capital garantido, como alguns fundos de investimento, será porventura mais recompensador.

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