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O Banco de Portugal divulgou um relatório sobre as reclamações referentes aos bancos, que foram apresentadas no 1º semestre deste ano. Neste relatório percebemos que um dos principais motivos de desagrado está relacionado com o facto de não ter sido aprovado o pedido de financiamento à Habitação.

Se esta é a realidade do 1º semestre, então podemos acreditar que no 2º semestre ainda vai aumentar mais, pois os critérios de concessão de crédito estão mais apertados desde julho deste ano. Não deixa de ser curioso que se apresente uma reclamação por nos recusarem um financiamento.

Fruto da minha experiência de acompanhar o orçamento de centenas de famílias, algumas com dificuldade em pagar as prestações, costumo dizer que as pessoas deviam agradecer que no passado não tivessem aprovado o financiamento. Claro que é duro ouvir um “não”, mas se tal acontece é porque foi feita uma avaliação cuidada às condições de possibilidade de cumprir até ao fim do contrato com o encargo financeiro assumido. O que interessa não é se hoje consigo pagar, mas sim se conseguirei pagar tudo até ao fim. Caso contrário, a “minha” casa nunca será realmente minha.

A decisão de crédito é fruto de uma análise de risco que quanto mais detalhada melhor. Se o banco financiar sem uma cuidada análise de risco, a taxa de juro será mais elevada e a probabilidade de incumprir é muito maior. Se ainda assim acreditamos que o banco fez uma análise com alguma falha, então compete ao cliente apresentar documentos credíveis e/ou garantias que façam inverter a decisão do credor. Provavelmente não conseguiremos ter a casa dos nossos sonhos, mas sim a casa que se ajusta à nossa realidade.

Esta análise pode ser feita por intermediários de crédito, como a Reorganiza, que ajudarão a enquadrar o processo antes de seguir para o balcão e a defender a melhor operação de crédito possível em cada caso. Pois cada casa é um caso!

Nota – Artigo de opinião publicado no Jornal Destak

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