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Os cinco principais bancos que operam em Portugal cobraram 1.453,2 milhões de euros em comissões bancárias até setembro de 2021, mais 141,4 milhões de euros ou 10,8% face ao mesmo período de 2020. Por dia, os cinco grandes bancos cobraram em comissões cerca de 5,3 milhões de euros.

A título de exemplo, o BCP foi o banco que mais receitas fez com comissões bancárias. Entre janeiro e setembro de 2021 cobrou 376,6 milhões de euros em Portugal, mais 6,8% do que até setembro de 2020. As comissões ligadas ao negócio bancário subiram 5,8% para 318,2 milhões de euros, com o banco a justificar sobretudo com o desempenho das comissões de transferências, comissões de gestão e manutenção de contas e comissões de crédito. As comissões relacionadas com os mercados financeiros cresceram 12,7% para 58,4 milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) arrecadou em Portugal 349 milhões de euros, mais 12% face a período homólogo, o que o banco público justifica com comissões relacionadas com nova concessão de crédito, com o aumento das transações com os diversos meios de pagamento, devido à reabertura da economia, e com comissões de fundos de investimento e seguros financeiros.

O que é que mudou em dois anos?

Face a setembro de 2019 (antes da crise pandémica), as comissões bancárias aumentaram nos bancos BCP, CGD, Santander e BPI. A exceção é o Novo Banco, em que as comissões cederam comparando setembro de 2021 com setembro de 2019.

As receitas de comissionamento arrecadadas relacionam-se com dois tipos de serviços: serviços mais diretamente relacionados com a banca tradicional (abertura de processos de crédito, aberturas de conta, por exemplo) e serviços relacionados com atividade de mercados financeiros (operações em bolsa, comissões de corretagem, gestão de ativos, por exemplo).

As comissões cobradas têm sido tema de debate nos últimos anos, com os bancos a alterarem preçários (passando a cobrar por operações bancárias de rotina, como comissões de manutenção de conta ou transferências de dinheiro) para compensar quedas de receitas, nomeadamente na sua margem financeira.

Em 2020, o parlamento legislou sobre o tema, isentando e limitando algumas comissões bancárias, o que foi criticado pelos bancos. O setor também critica o facto de, em Portugal, estarem proibidos de cobrar comissões nos levantamentos em caixas automáticas.

Como é habitual, anualmente, boa parte da banca comercial tem já programados aumentos de comissões bancárias para 2022. É de notar que os bancos costumam alterar o preçário várias vezes por ano e várias alterações foram feitas já nos últimos meses de 2021.

O que fazer então?

Há muitos consumidores um pouco distantes destas realidades e que não têm presente que a oferta de serviços financeiros mudou muito. Há mais concorrência, o que faz com que possam poupar muito com estes serviços. Um pouco à semelhança de outros serviços comuns do dia a dia, como eletricidade ou telecomunicações, hoje cabe a cada um fazer uma ronda pelo mercado, por exemplo a cada ano e meio, para evitar perder dinheiro.

A direção é clara: mantenha conta e contrate seguros e créditos junto dos bancos (ou financeiras) que lhe dão maiores vantagens. Há várias contas no mercado sem comissão de manutenção e hoje, mesmo no caso do crédito à habitação, pode contratar os seguros obrigatórios fora do banco e ter poupanças até 60%. Nos casos do crédito pessoal ou crédito consolidado também há bastantes diferenças na taxa que vai ficar a pagar pelos empréstimos, pelo que deve procurar a melhor.

Como intermediário de crédito com solidez e experiência no mercado, a Reorganiza pode ajudá-lo a contratar os serviços que lhe dão mais vantagem e a gerir melhor a sua situação em fases de incerteza financeira. Não terá qualquer tipo de encargo, porque negociamos com os nossos parceiros e o cliente não paga nada pelo serviço prestado.

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