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Assim como uma roda de bicicleta tem de ter todos os seus raios equidistantes para que a roda gire, também as diferentes dimensões da nossa vida têm de estar na justa medida da sua relevância para que a vida não deixe de girar. A vida financeira é um desses raios que muitas vezes assume uma importância excessiva, ou diminuta, na nossa vida e isso leva a que a mesma fique bloqueada.

Como a Educação Financeira pode ajudar a que roda ande sem problemas e assim termos uma vida financeira mais saudável? Deixamos algumas sugestões:

A realidade condiciona, mas não é uma fatalidade

Se refletirmos sobre os principais indicadores da economia portuguesa, facilmente percebemos que vivemos num país que não está a gerar riqueza, com poucos hábitos de poupança, cujo endividamento do Estado e das famílias exige uma gestão mais tensa e que a pirâmide etária obriga a ação imediata para que não sejamos um dos milhares de pobres em idade de reforma. Este cenário pode produzir em nós uma de duas reações: ou paralisa-nos – e não virá nada de bom, ou, pelo contrário, leva-nos à ação. Esta realidade que nos condiciona não é uma fatalidade e pode (e deve) ser enfrentada. Para isso é essencial ter espírito crítico sobre os nossos hábitos de consumo e não deixar crescer em nós aquela inércia que desmoraliza nos inícios de qualquer processo de mudança.

Antes de dizer que não conseguimos poupar, primeiro temos de ter um orçamento familiar

O exercício de contrariar a inércia será tanto mais fácil quanto conseguirmos ter diante de nós a verdadeira consciência da nossa realidade. Esta fotografia nítida só se consegue ter através do Orçamento Familiar. É aqui que conseguimos identificar todas as receitas (fixas e variáveis) e todas as despesas (essenciais ou de desperdício) que compõe a nossa vida financeira. Ninguém consegue fazer um orçamento de cabeça, nem através do controlo dos saldos bancários. O orçamento não tem de ser trabalhoso, apenas se exige que seja feito por escrito e com rigor, sem deixar nada por categorizar. Desta forma, conseguiremos alcançar a liberdade para decidir onde, quanto e como gastar o nosso dinheiro sem peso na consciência. Também com o orçamento podemos iniciar, ou reforçar, o pagamento a nós próprios que não é nada mais, nada menos, que a poupança! Sem um orçamento é muito difícil perceber o valor deste pagamento a nós próprios: a poupança!

Os bancos podem ser nossos aliados para atingir os nossos objetivos

Na senda de ter uma vida financeira mais saudável é incontornável a gestão sã da nossa relação bancária. Para isso é preciso assumir que o negócio bancário passa por vender dinheiro a um preço que cubra o risco da operação. Se esse risco é grande, o preço do dinheiro (a taxa de juro) também será.

A este nível pode ajudar muito conhecer-nos, já que fazemos intermediação de crédito e de seguros, e ajudamos sem custos os nossos clientes a negociar as melhores condições de empréstimos e seguros.

A vida financeira não é uma linha recta

Todas as vidas financeiras têm altos e baixos, uns previsíveis outros que nos escapam completamente ao controlo. Para diminuir a dependência de fatores externos é essencial que utilizemos a poupança para garantir dois objetivos:

  • Estar capitalizado numa conta de emergência, que tenha um saldo suficiente que cubra os gastos de pelo menos 6 meses;
  • Ter uma política de investimentos responsáveis que permita pôr o dinheiro a crescer mais que a inflação, de forma a não perder poder de compra no futuro e, de forma mais crítica, no tempo da reforma.

Nestes mais de 10 anos de vida da Reorganiza temos apoiado milhares de famílias a encontrar forma de ter uma vida financeira saudável. O papel da educação financeira deve ser mais focado em comportamentos do que na máquina de calcular, ainda assim é preciso fazer contas à vida e poder fazê-las de forma acompanhada tem sido uma grande satisfação partilhada pelos nossos clientes e pelos nossos consultores.

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