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Talvez nunca tenha pensado nisto. É certo que para muitas pessoas falamos de algo que acontecerá dentro de muitos anos. Para outras, contudo, estará à porta. Em qualquer dos casos, pode ser importante pensar como será a sua qualidade de vida na reforma e, já agora, começar a preparar este período. Estas e outras reflexões foram abordadas por João Morais Barbosa na conferência Preparar o Futuro, realizada pelo Jornal Expresso e pelo Banco Santander.

O que significa para si viver bem?

Viver bem tem muitos significados, dependendo das prioridades, gostos e valores de cada pessoa. No entanto, sendo um conceito subjetivo, existe um conjunto de Direitos que teremos de acautelar, muitos destes contendo um custo que terá de ser suportado. Falamos do Direito à Vida, à Liberdade, à Segurança, ao bem-estar (engloba alimentação, vestuário, alojamento ou assistência médica).

Facilmente percebemos que para viver bem precisamos de serviços que nos ajudem. E percebemos que, para a maioria dos casos, falamos de um Sistema Público de Proteção Social, que pode e deve ser complementado por serviços privados (como os seguros de saúde e os planos de poupança necessários para pagar essas despesas).

O que vai acontecer às suas despesas na Reforma?

A resposta a esta pergunta é fundamental para perceber a urgência de mudança de hábitos. Se no passado era esperada uma queda de despesas na passagem para a reforma, fruto do pagamento do crédito habitação ou da redução de despesas inerentes ao trabalho, atualmente existe unanimidade em pensar que as despesas não vão baixar. Aliás, podemos esperar mesmo uma subida de despesas. Por exemplo, vemos o prolongamento dos contratos de crédito habitação (que nos preocupa) e o aumento das despesas de saúde, inerentes a vidas mais longas e doenças mais crónicas.

O que vai acontecer ao nosso rendimento na Reforma?

Neste contexto de aumento de despesas, somos também confrontados com outro fenómeno contrário. É certo que o rendimento dos reformados vai cair. Não há volta a dar. Temos de olhar para a realidade que temos à frente. Vivemos mais anos. Temos menos filhos. Logo, alguma coisa terá de mudar. Aliás, já mudou. A atual fórmula de cálculo contempla um ajuste anual do ano de reforma para fazer face ao aumento da Esperança Média de Vida. Contempla, ainda, um fator de sustentabilidade. Logo, surge-nos o conceito de taxa de substituição, que na prática representa a relação entre a nossa primeira pensão e o nosso último salário. Com o tempo, esta taxa irá cair e para muitos de nós estará na casa dos 50%-60%. Já pensou o que fará quando se confrontar com uma queda do seu rendimento de 40%?

O que podemos fazer?

Apresentámos algumas ideias importantes. Talvez 3 passos possam ajudar:

  1. Perceba as reais necessidades de poupança
  2. Procure mais conhecimentos e aumentar a sua literacia financeira
  3. Inicie um programa de entregas programadas

Em poucas palavras, saber quanto poupar, como poupar e iniciar a estratégia de poupança. Não nos enganemos. Vamos ter de assumir as rédeas das nossas finanças pessoais. O Estado irá assegurar algumas coisas mas nós teremos de ser o principal ator neste filme. O melhor é que somos nós a recolher os benefícios das nossas opções. Ou não…

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