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O tema da liberdade financeira é um tema que tem vindo a ser muito falado. Muitas pessoas idealizam poder ser independentes financeiramente. Mas será que não passa de um mito? Será que é possível ter liberdade financeira? Ou teremos de viver presos para o resto das nossas vidas?

O que está na base da liberdade financeira?

A liberdade financeira é o momento em que não precisamos de trabalhar para fazer face às nossas despesas. Para tal, precisamos de ter fontes de rendimento que sejam independentes do nosso trabalho. Os chamados rendimentos passivos, ou aqueles rendimentos que obtemos sem nenhum trabalho (na realidade, vamos precisar sempre de algum trabalho, por menor que seja).

Para conseguirmos ter estes rendimentos, teremos de ter uma base de ativos que gere esses rendimentos. Falamos de ativos como ações, fundos de investimento ou ETF, imobiliário, criptomoedas ou outros que tais. Mas para comprarmos estes ativos, teremos de ter a capacidade de poupar dinheiro. Logo, a nossa capacidade de poupança é o que está na base da liberdade financeira. Sim, para atingirmos a liberdade financeira precisamos de poupar. Precisamos de poupar muito dinheiro e durante muito tempo.

Atingir a liberdade exige trabalho e esforço

Como percebemos, para conseguirmos poupar dinheiro temos de trabalhar muito e de nos esforçar por viver uma vida frugal. Percebemos que para atingir um objetivo temos de fazer duas coisas que a maioria das pessoas não gostam. Ou que lhes custa. Temos de trabalhar muito, para ter mais rendimentos mensais que possam ser dirigidos à poupança. E temos de nos esforçar por não gastar estes dinheiro em coisas que não fazem sentido ou que atrasam o atingimento do nosso objetivo.

É nesta fase que desistimos. Porque ou não queremos trabalhar mais. Ou não conseguimos trabalhar de forma mais inteligente. Ou simplesmente não queremos abdicar de certos prazeres. Mas se pensarmos bem, os sacrifícios que fazemos durante alguns anos irão compensar, porque nos possibilitarão não ter de nos sacrificar a trabalhar para o resto das nossas vidas.

O foco no curto prazo mata!

É verdade. Somos seres que se focam nos prazeres de curto prazo. Que preferimos ter um pequenos prazer hoje a ter um grande prazer no futuro. Simplesmente porque cedemos às tentações que estão sempre presentes. Porque nos queremos comparar com os vizinhos (que, a propósito, deverão estar endividados atá às orelhas). Porque achamos que temos direito a ter uma vida confortável. É verdade. Podemos ter “direito” mas teremos de ter em mente que deveremos adiar algum conforto para conseguirmos atingir os nossos objetivos.

Liberdade financeira implica alterar a ordem das coisas

Já reparou que a generalidade das pessoas ganha dinheiro, paga impostos e depois consome. Só no fim procura poupar alguma coisa do dinheiro que sobra? Como calculamos, no final não sobra nada. Parece que temos a ordem das coisas completamente alterada. Aliás, levamos isto ao extremo e ainda pedimos dinheiro emprestado ao banco para gastar, o que nos faz começar a pagar juros que encarecem as despesas que fazemos.

Como facilmente percebemos, para atingir a liberdade financeira temos de alterar esta ordem de acontecimentos. Temos de ganhar o nosso dinheiro (e procurar aumentar as nossas fontes de rendimentos), poupar e investir e só no final gastar o que sobrar. Com isto não se defende que não deveremos viver com conforto mas, antes, que temos de colocar-nos em primeiro lugar e colocar os nossos objetivos mais importantes em primeiro lugar.

Parece muito difícil? Parece que não vamos conseguir ou que não faz sentido sacrificar-nos para nunca mais termos de trabalhar? Talvez sim. Mas com grande probabilidade vamos perceber que o esforço compensa. Para tal, conhece o movimento FIRE? E sabe qual o ingrediente mais importante no FIRE?

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