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Poupar para o longo prazo pode parecer que não vale a pena porque para si o futuro é algo ainda muito longínquo. Mas será mesmo assim? Não tem a sensação de que o Natal foi há meia dúzia de dias e daqui a nada está novamente a chegar? Parece que foi ontem que as férias escolares começaram e agora as crianças já estão a voltar à escola?

De facto, temos a sensação que o tempo passa rápido e por isso se calhar o futuro não é assim tão longe. Poupar para o futuro começa a fazer-lhe sentido?

Pense em como se gostaria de ver daqui a 10 ou 20 anos. De certeza que gostaria de ter uma vida tranquila sem problemas financeiros. Mas como o futuro é sempre uma incerteza, que acha de o tentar transformar em certeza? É por isso que tem de começar a poupar hoje para o futuro.

Razões para poupar para o futuro

As razões para poupar para o futuro são variadas: ter um suporte financeiro em caso de alteração da sua situação profissional ou em caso de doença que o impeça de trabalhar, manter na reforma o nível de vida que tem agora, assegurar a formação dos seus filhos, fazer aquela viagem de sonho sem comprometer financeiramente as suas poupanças para a reforma, pagar a sua casa na integra de modo a não deixar dívidas para os seus filhos. As razões podem ser as mais variadas e são sobretudo pessoais dependendo dos objetivos que definir para si e para a sua família.

Poupar para o futuro sem deixar de aproveitar o presente

Lembra-se da história infantil da formiga e da cigarra? É uma maneira simples de explicar porque tem de poupar, mas de facto não é preciso ser como a formiga. Poupar dinheiro não significa deixar de fazer as coisas que gosta no presente. A vida é para ser vivida, mas com escolhas e gastos inteligentes pode prevenir o futuro e ao mesmo temo gozar a vida como merece. Ou seja, ser simultaneamente uma formiga e uma cigarra (ou uma formigarra, se preferir)

Planear é essencial

O primeiro passo é planear o futuro. Defina objetivos e estratégias para os atingir. Mas os objetivos têm de ser realistas, se não o forem, rapidamente irá desistir. Depois é só seguir algumas das dicas que aqui deixamos:

Analise o seu orçamento familiar

Analisar o seu orçamento familiar é essencial. Faça um quadro numa folha de cálculo onde registe de um lado os seus rendimentos e do outro os seus gastos. Agrupe os gastos por categorias de acordo com a regra 50 30 20.

Segundo a regra 50 30 20, para que o seu orçamento esteja equilibrado, os seus gastos devem estar distribuídos da seguinte forma?

  • 50% do seu rendimento deve ser gasto com despesas fixas (renda da casa ou prestação do crédito habitação, água, luz, gás, telefone, seguros), alimentação e transportes
  • 30% deve ser gasto com o seu estilo de vida: roupa, restaurantes, lazer (cinema, museus, concertos) e ginásio
  • 20% para poupança

Ou seja, os gastos que registou na folha de cálculo devem representar apenas 80% dos seus rendimentos.

Poupe todos os meses

Comece por tirar os 20% para uma conta à parte para não ter tentações de o gastar. Desta forma 20% do seu rendimento será destinado à poupança de longo prazo.

O nosso conselho é que metade deste valor se destine à poupança para a reforma.

Restam 10%. Coloque 5% de parte para constituir o fundo de emergência que deverá ser cerca de 6 meses do seu rendimento atual e que lhe permite fazer face a eventuais quebras de rendimento por alteração da sua situação familiar.

Restam 5%. Mas se lhe dissermos que pode ser maior? Difícil? Vai ver que não…

Analise os seus seguros

Veja quanto está a pagar pelos seus seguros. Consulte-nos e veja como pode poupar.

O dinheiro que poupar não gaste, acresce na sua poupança. Se paga 250 euros em seguros e com o nosso conselho conseguir ficar a pagar pelas mesmas coberturas 170 euros, junte os 80 euros aos 5% dos rendimentos que já colocou de parte.

Tome especial atenção ao seguro de vida associado ao crédito habitação. Mudança de seguradora leva a poupança substanciais no prémio que mensalmente tem de pagar. Só aqui poderá poupar algumas centenas de euros por ano.

Analise os seus fornecedores de serviços

A lógica é a mesma. Veja quanto está a pagar pela eletricidade que gasta em sua casa, pelo serviço de comunicações, televisão e internet. Veja se mudando de fornecedor consegue poupar. O valor que poupar mensalmente some ao anterior.

Use o valor do reembolso do IRS para liquidar créditos

Este é um truque que deve usar. Já viu a taxa de juro que está a pagar em cada um dos seus créditos? A taxa de juro que paga pelo crédito é muito superior à que irá receber se aplicar o seu dinheiro. Assim tem toda a vantagem em aplicar o valor que recebeu do IRS desta forma.

Ao liquidar parcialmente está a reduzir o valor da prestação. E se liquidar totalmente é menos uma prestação que paga. Comece pelo crédito com TAEG mais alta. Vai ver que compensa. E claro, o valor que poupar coloque junto com o anterior.

Evite usar o cartão de crédito

Ao usar o cartão de crédito está a gastar hoje para pagar no futuro. Evite usar de modo a não comprometer o planeamento do seu orçamento familiar. Como não vê o dinheiro a sair no momento tende a gastar mais. Não comprometa a sua vida financeira.

Mas se tiver de usar, pague o valor a 100%. Caso não o faça, a taxa de juros sobre o montante que ficar em dívida é muito alta. Evite. É fácil de perder o controlo.

Poupe nas compras do supermercado

Junte num mês as faturas das compras habituais de supermercado. No mês seguinte compre os mesmos produtos, mas de marca branca ou noutro supermercado. Conseguiu reduzir o valor que pagou? Junte aos valores anteriores.

Fazer compras inteligentes é uma forma de poupança. Aproveite os descontos, promoções, vales de oferta. Verá que consegue poupar alguns euros por mês.

Registe a sua poupança

Mantenha um registo da sua poupança. Ver que está a conseguir poupar é seguramente um motivo de orgulho para si e uma grande motivação para continuar.

Rentabilize o valor que poupou

Ter o dinheiro na sua conta à ordem não lhe vai render juros, ou seja, não lhe irá permitir aumentar de forma continuada e sustentada as suas poupanças. Tem de as rentabilizar. Existem produtos de poupança de longo prazo onde pode aplicar o dinheiro que poupar.

A rentabilização do valor poupado deve depois ser feita tendo em conta o seu perfil de risco. Se não gosta de risco, pode optar por aplicações de capital e taxa de juro garantido. No entanto, perceba se for investir para o longo prazo que pode ter benefício em assumir algum risco. Se precisar de algum apoio deixe a sua mensagem na caixa de comentários abaixo.

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