Por várias ocasiões temos escrito textos relativos à temática da poupança. Umas vezes com dicas de poupança, outras mais para alertar à urgência de torná-la uma realidade nas nossas vidas.
É importante continuar a reforçar este tema…
Os últimos indicadores de taxas de poupança em Portugal não nos podem deixar animados e só reforçam a necessidade de sublinhar este tema. Mas, se antes dizíamos que não havia forma de poupar, agora parece que o Estado deu-nos um impulso extra para tornar a poupança quase obrigatória.
A decisão política de terminar com os duodécimos parece obrigar-nos a uma poupança forçada. Até ao final do ano passado, havia centenas de milhares de portugueses a receberem os subsídios de Natal e/ou de Férias de forma faseada pelos 12 meses de trabalho.
Com a aprovação do Orçamento de Estado para 2018, esta forma de pagar os subsídios deixou de ser uma realidade (na verdade ainda é possível pagar em duodécimos, no entanto o processo é burocrático e poucos estão a manter esta forma de recebimento).
Vamos receber um valor adicional num bolo
Ao passarmos a receber estes subsídios por inteiro faz com que por um lado tenhamos um valor líquido mensal mais baixo, mas por outro passamos a ter um segundo salário completo, que é pago de uma só vez em alturas específicas do ano, nomeadamente antes do início do período de férias (subsídio de férias) e até 15 de dezembro (subsídio de Natal). Para não sermos apanhados nas tentações próprias da era do consumo, o nosso conselho é que pense desde já onde e como quer aplicar este valor (conheça as contas poupança e os seguros de capitalização).
Temos de criar hábitos de poupança
É verdade que a poupança deverá ser um hábito mensal enraizado nas nossas contas, mas ao recebermos uma quantia avultada de uma só vez, pelo menos uma parte dela, deverá ter um destino específico que não passe pelo consumo imediato. As formas de poupar podem e devem variar conforme o perfil das pessoas, mas independentemente de querer assumir mais, ou menos, risco, lembre-se que poupar é um investimento que faz em si.
Ao pouparmos estamos a transferir para o futuro o conforto desse rendimento extra, com a vantagem de ainda ser possível acrescer juros ao montante inicialmente recebido. Não deixe esta reflexão para amanhã. Defina hoje mesmo o destino do seu dinheiro!
Nota: Artigo adaptado de crónica semanal no jornal Destak