Gostava de melhorar a sua saúde financeira mas está na dúvida sobre qual o valor ideal de poupança mensal? Neste artigo vamos ajudar nesta decisão com algumas ideias para a sua reflexão.
Existe um valor ideal?
É muito difícil generalizar uma resposta. Os teóricos das finanças pessoais dizem que uma família deve poupar entre 10% e 20% do seu rendimento disponível mensal. Seria bom, especialmente num país onde a generalidade das famílias batalha para fazer o salário esticar até ao final do mês. Por outro lado, é impossível generalizar pois a margem de poupança tenderá a crescer quanto maior for o rendimento. É certo que quanto mais ganhamos mais destinos temos para dar ao nosso dinheiro. Mas também é certo que todas as famílias têm um nível mínimo de sobrevivência.
Por onde começar então?
Se é muito difícil generalizar, tal não significa que não devamos fazer o exercício de tentar perceber quanto consegue poupar todos os meses. A resposta mais imediata será muito pouco. Mas conhecendo melhor a sua realidade financeira, que passará por saber quanto ganha e onde gasta, talvez consiga encontrar alguma fonte de desperdício que poderia eliminar. Se fizer o exercício com rigor, irá encontrar fontes de corte de custo. Por que não tentar?
Comece com o possível
Se não consegue poupar todos os meses, sugerimos que comece com o possível. Por vezes, o possível são apenas 10€ por mês. Para outras famílias serão 20€. Outras talvez consigam poupar 100€ ou mais. O importante é começar pelo possível e começar já hoje.
Crie o efeito escassez
Gostamos muito de falar do efeito escassez. Quando confrontados com uma redução do rendimento, tendemos a encontrar soluções criativas de corte de custos. As famílias são criativas em fazer esticar o rendimento. Logo, por que não criarmos artificialmente este efeito escassez ao fazer uma transferência de um montante para poupança no início do mês? Verá que nem dará pela falta do dinheiro e se o processo for automático acabará por se esquecer que poupa.
Use a inércia a seu favor
Um segundo conceito que gostamos muito é o conceito da inércia. O ser humano procura o conforto e a inação, o que faz com que a lei da inércia tenha sobre si um poder imenso. Se colocar a inércia a jogar a seu favor, acabará por conseguir poupar mesmo que não queira. E como fazer? Simples, comece uma transferência automática de um montante e deixe o processo correr. Com grande probabilidade não irá cancelar a transferência, porque aí a inércia jogará a seu favor.
Qual o valor ideal?
Não existindo uma resposta concreta para todas as famílias, tal não significa que não possamos caminhar, com tempo, para um valor objetivo. Assim, sugerimos que tenha como objetivo chegar a poupar 10% do seu rendimento disponível. Pode não ser para já, mas pelo menos é uma meta. E quando temos metas acabamos por encontrar soluções para as atingir.
Um foco concreto…
Mesmo que não consiga chegar rapidamente aos 10% de poupança mensal, sugerimos que tenha um foco muito concreto. Se ainda não tem o seu fundo de emergências deverá procurar fazer um esforço adicional para o constituir rapidamente. Numa primeira fase pode ter como objetivo chegar aos 1.000€ de poupança, devendo ser muito rigoroso e rápido. Cortar custos, aumentar rendimento e sacrificar-se pois com este dinheiro de parte conseguirá evitar muitos problemas. De seguida, poderá abrandar o ritmo para chegar aos 4 a 6 meses de despesas poupadas.