Tendo lançado as bases para a resolução de problemas de endividamento ou simplesmente para atuar de forma preventiva, já percorreu grande parte do caminho para a sua independência financeira.
Chegado ao destino, é imprescindível que se acautele para não voltar a cair no mesmo problema e para manter o Controlo Financeiro. Assim, deixamos um conjunto de ideias que por muito básicas que algumas possam parecer, são essenciais para um controlo rigoroso da sua vida financeira.
Viver com o que é seu
É certo que para pouparmos temos de gastar menos do que ganhamos. Por mais certo que pareça, esta máxima foi esquecida ao longo dos últimos 25 anos em Portugal. A tentação do consumo e a pretensão (legítima) de querer melhorar a qualidade de vida da sua família, levou muitos a antecipar o consumo em forma de endividamento.
Infelizmente, o endividamento vem acompanhado de elevadas taxas de juro que acabam por representar pesos excessivos nos orçamentos familiares. Assim, a sugestão passa por construir o seu orçamento e viver abaixo daquilo que é possível. Será meio caminho andado para a constituição de uma poupança e criação de hábitos financeiros saudáveis.
Manter-se dentro do orçamento
Tendo falado com algum detalhe sobre a construção do orçamento, resta-nos alertar para a necessidade de continuar com grande rigor na gestão das suas finanças pessoais, o que implica no controlo regular do destino que dá ao seu dinheiro.
O orçamento pode ser algo “chato” e pode achar que serve para pouco. Contudo, constatamos com demasiada frequência que grande parte dos problemas financeiros das famílias acaba por residir no fraco (ou nenhum) controlo sobre o seu dinheiro.
O orçamento traz-lhe a liberdade que sempre desejou. Permite viver de acordo com aquilo que considera (racionalmente) como válido. Possibilita-lhe resistir as tentações de consumo.
Constituição de Poupanças
Ter um valor amealhado para alguma eventualidade é imprescindível para a segurança psíquica e financeira da sua família. Comece desde cedo a juntar algum dinheiro. para poupar não é preciso juntar grandes somas de dinheiro. Tudo começa com alguns cêntimos. Colocar algum dinheiro de parte utilizando, por exemplo, um mealheiro ou uma conta poupança de entregas programadas pode evitar que se endivide. E já reparou que nestas alturas de maior aflição é quando tem a necessidade de recorrer a créditos mais dispendiosos?
Manter postura de corte de custos
Uma máxima popular diz-nos que “casa arrombada trancas na porta”. O mesmo é dizer que passamos a agir de forma mais cautelosa.
Quando falamos de crises financeiras costuma acontecer o mesmo. Resolvemos um problema com recurso a medidas drásticas mas há sempre a tentação de relaxar quando o problema está resolvido.
Seja diferente. Tendo passado por alguma aflição aprenda com os erros. Não volte a entrar nas situações que criaram o endividamento. Procure manter uma postura de corte de custos, vivendo ligeiramente abaixo das suas possibilidades. E em breve passará a financiar o seu banco e receber juros…