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Apesar de não ser a coisa mais comum, a realidade é que um banco pode ir à falência. Se tal acontecer, sabe o que acontece ao seu dinheiro? Quem não se lembra do famoso “caso BPN”, da “falência do BANIF” ou dos “lesados do BES”, só para citar alguns exemplos?

É normal o comum dos mortais se preocupar com a falência de um banco, pois é nele que todos nós guardamos as nossas poupanças e até alguns investimentos. Assim, quando se ouve falar em problemas de liquidez num banco, a primeira coisa que passa pela cabeça de um cliente é ir levantar o seu dinheiro. Se todos ou grande parte de nós pensarmos de igual forma, o mais certo é haver um “efeito bola de neve” e o banco ir mesmo à falência.

Afinal de contas, todos os bancos vivem do nosso dinheiro! Neste artigo explicamos os cuidados que deve ter e o que pode contar neste tipo se situação.

Existe alguma proteção para o seu dinheiro?

A resposta é sim, mas apenas até certo montante. É para isso que serve o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) que, em caso de falência de um banco, assegura até 100 mil euros, por depositante, todas as contas à ordem e depósitos a prazo. Trata-se de salvaguardar e proteger o cliente contra eventuais imprevistos que possam acontecer com a sua entidade bancária.

Vamos imaginar duas situações:

  • Ricardo tem 70.000 euros numa conta à ordem e o seu foi à falência. Neste caso, tem o seu dinheiro seguro pois o FGD cobre este montante.
  • Em sentido contrário, o Manuel tem 120.000 euros em poupanças e o seu banco foi à falência. Neste caso, apenas tem garantido 100.000 euros pelo FGD, podendo assim perder cerca de 20.000 euros.

Focamo-nos agora no caso do Manuel. Como pode ele evitar que isto lhe aconteça? É o que vamos explicar em seguida.

Como proteger o seu dinheiro em caso de falência do seu banco?

Já diz o velho ditado poupar ”mais vale prevenir do que remediar”. De facto, esta é a melhor solução que tem para evitar dores de cabeça com uma eventual falência do seu banco. Mas como se pode precaver? Deixamos algumas as seguintes dicas:

Distribuir o rendimento

Voltando ao caso do Manuel que se arrisca a perder 20.000 euros, o que deverá fazer é repartir as poupanças por mais do que uma instituição. Por exemplo, pode depositar metade da sua poupança num banco (60.000 euros) e a outra metade noutro. Dessa forma, não corre o risco de perder o dinheiro que tanto lhe custou a ganhar!

Adicionar à sua conta outro titular

Se é daqueles que tem receio de perder o seu dinheiro, mesmo que este esteja assegurado pelo Fundo de Garantia, pode sempre adicionar um segundo titular à sua conta. No entanto, este último não deve possuir poupanças superiores a 100 mil euros no mesmo banco. Voltando ao exemplo do Manuel, se este tivesse um segundo titular na sua conta, cada titular tendo direito uma cobertura de 100.000 euros, já não perderia os 20.000 euros.

Leia ainda: Vai abrir uma conta bancária com um amigo? Cuidado, pode ficar sem o seu dinheiro ou com uma dívida

Estar informado antes de investir

Cada investimento tem o seu risco. Assim, mesmo que lhe vendam a ideia de que uma aplicação financeira é 100% segura, nunca tome isso como um dado adquirido. Verifique sempre onde coloca o seu dinheiro.

Informe-se junto do seu banco e esclareça todas as dúvidas que tiver. Note que, os investimentos que garantem maior retorno são também os que possuem mais risco pelo que é da máxima importância estar consciente da sua decisão.

Manter a calma

Uma das coisas que deve fazer é manter a calma, afinal de contas pode não perder tanto como inicialmente estaria a prever. Atente no seguinte exemplo:

O Rui possui obrigações de uma seguradora e contratou este produto financeiro através do seu banco. E se o banco fechar, ele perde o dinheiro que ganhou com as obrigações? A resposta é não! Isto porque, neste caso, o banco é um intermediário e a seguradora é que é o destinatário do investimento. Assim, em caso de falência, o dinheiro não se perde.

Este exemplo é válido para as obrigações, mas também para certos fundos de investimento e planos poupança reforma.

Especial cuidado se tiver ações

Este investimento é aquele que acarreta maiores riscos. Se tiver ações, seja de um banco ou até de uma empresa, e se estes forem à falência, esta aplicação financeira perde o seu valor (por vezes abruptamente e de um dia para o outro). Em outras palavras, nunca mais consegue reaver o seu dinheiro!

Leia ainda: Como investir em ações?

Se o banco fechar, os créditos ficam pagos?

Seria certamente uma excelente notícia, mas tal não acontece! Se tem um crédito habitação ou até um crédito pessoal e, se o banco encerra, existe outro que compra os ativos deste e, por consequência, todos os créditos são transferidos para essa nova entidade.

Enquanto cliente, além de não intervir neste processo, nada muda para si! Ou seja, apenas receberá uma notificação em como o seu empréstimo mudou de instituição e continuará a pagar a prestação até ao fim. Em outras palavras, nem no momento da falência, há qualquer interrupção no pagamento das prestações. Isto porque, o credor muda, a dívida não.

Por fim, note que, apesar dos clientes terem a proteção pelo Fundo de Garantia de Depósitos, este não é acionado de imediato pelo Banco de Portugal. Quer isto dizer que, não irá reaver todo o seu dinheiro de uma vez só. O reembolso dos seus ativos será feito à medida que existe essa disponibilidade.

Em suma, se tem amor ao seu dinheiro e quer evitar dores de cabeça, siga os conselhos já indicados e nada estará perdido. Lembre-se que, na Reorganiza, temos especialistas financeiros que o podem aconselhar e ajudar a tomar as melhores decisões financeiras para o seu dia-a-dia, quer falemos de crédito habitação, crédito pessoal, seguros, poupança ou investimento!

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